É inegável, depois de 2020 até quem não conhecia o termo home office, ficou sabendo dessa nova forma de trabalhar. Sim, a pandemia trouxe muitas reflexões e aprendizados e um deles foi a necessidade de se adaptar ao trabalho remoto.
Nesse período passado em casa ficou evidente que a divisão entre o trabalho, família, lazer e hobbies deixou claro que seriam necessárias adequações para essa equação dar certo.
Como a tendência de trabalho remoto já não era novidade em outros países e já haviam muitas empresas brasileiras que estavam procurando se adequar e ela, antes mesmo da pandemia, a Lei Trabalhista também foi alterada. A modalidade foi legalizada pela Lei Trabalhista em 2017, mas foi a partir da pandemia que essa possibilidade de trabalho se tornou mais comum e quase que a única solução para algumas empresas durante esse período pandêmico. A CLT abrange os mesmos direitos de qualquer emprego presencial, e ainda oferece benefícios aos empregadores e também aos empregados. A flexibilidade de horário é uma das vantagens, visto que muitas vezes o trabalho precisa ser por entrega e não por horário fixo.
Para continuar essa conversa vamos a alguns dados de uma pesquisa realizada pela especialista em ferramentas de CRM, a Salesforce, na qual entrevistou mais de 20 mil profissionais dos mais diversos países como o nosso querido Brasil, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Reino Unido, Singapura, Índia, Japão, Estados Unidos, França e Alemanha.
A pesquisa tinha como objetivo conhecer sobre a percepção da população sobre o futuro do modelo de trabalho e os impactos da pandemia, do viés da empresa e do trabalhador. Entre os entrevistados, 42% declararam que desejam continuar trabalhando remotamente. No Brasil esse número é ainda maior que a média e salta para os 57% dos entrevistados brasileiros.
Outro dado mostrado pelo estudo é que 52% dos profissionais dizem que poderiam trocar de emprego caso existisse a possibilidade de trabalhar remotamente. Cerca de 80% dos gestores entrevistados pretendem manter o trabalho remoto em médio e longos prazos, pelo menos em parte da jornada de trabalho.
As vantagens são inúmeras, mas e a estrutura necessária para desempenhar essa modalidade? Nem toda casa tem a estrutura física para um escritório, e nem todos tem o desejo de transformar um espaço em seu lar para essa finalidade.
Ou seja, estamos diante de uma alteração no perfil profissional das pessoas, destacando novas necessidades no conceito de moradia, sendo inspiração para os próximos lançamentos do mercado imobiliário

Tem home office aparecendo na área.

É aí que se apresenta uma nova necessidade e com ela empresas que enxergam as possiblidades de oferecer serviços e produtos para sanar essa nova demanda de mercado.
Tanto em grandes ou pequenos centros, construtoras e incorporadoras vem apresentando projetos que incluem esse tipo de espaço em seus projetos. As empresas do setor da construção civil, sempre atentas as tendências de mercado, notaram que essa modalidade de trabalho veio para ficar e iria impactar a forma com que seus clientes escolheriam os futuros imóveis.
Sem a necessidade de construir ou reformar um espaço dentro de sua casa, ficou ainda mais confortável trabalhar de forma remota, quando existe um espaço destinado a esse fim no seu próprio condomínio. Sem custo adicional, sem necessidade de locomoção e com muito mais conforto e qualidade.
As mudanças que atingiram outros setores da economia em relação a forma de trabalho, fez com que o mercado imobiliário sentisse a necessidade de acompanhar essa tendência, que veio para ficar. Soluções atraentes para atender a demanda por esses novos espaços colaborativos.
Os novos empreendimentos começaram a oferecer em suas áreas de convivência alguns novos ambientes. Aqui vemos uma infinidade de projetos que abrangem salas de convivência com base nos espaços comerciais de coworking, sala de reunião privada dentro do condomínio. Esses locais dedicados ao trabalho remoto são tão atrativos quanto outros espaços da área de lazer, visto que poder contar com um espaço destinado para atividades relacionadas ao âmbito profissional, é uma importante vantagem.
Além desse gênero de clientes contemplam o trabalho remoto e que buscam esse conforto, os demais clientes se beneficiam de mais um espaço para sair da rotina, um local diferente para ler ou estudar, com todo conforto e segurança há apenas alguns passos da porta do seu lar.
Esses espaços são pensados, arquitetados, mobiliados e decorados com essa finalidade, oferecendo um local mais apropriado para reuniões com as devidas instalações e oferecendo um espaço profissional sem precisar sair do condomínio.

A realidade é global, não apenas nos grandes centros.

Fora do país esses espaços estão cada mais conhecidos e difundidos e por aqui, não são só os grandes centros que aderiram a essa tendência. Aliás tendência que virou demanda, que vai muito além dos grandes centros e metrópoles brasileiras.
Apesar da estrutura tradicional de edifícios de escritórios pareça não estar ameaçada, com toda certeza o design de interiores foi uma das práticas que mais rápido precisou de adequar a essa nova realidade do trabalho remoto. Algumas pesquisas da plataforma voltada a arquitetura, o ArchDaily apontou alguns dados e estimativas interessantes acerca desse tema.
40% do espaço de trabalho de um funcionário comum fica ocioso por boa parte do dia. Num futuro onde mais e mais funcionários tendem a passar apenas 50% do seu tempo de trabalhão no escritório, a organização do espaço deverá ser cada vez mais flexível, ou até chegar ao ponto onde os escritórios se parecerão mais com uma casa do que com um ambiente de trabalho. ? diz o autor Niall Patrick Walsh em seu artigo para o ArchDaily.
No estado de Santa Catarina já existem projetos entregues que contemplam esse pensamento do home office, bem como muitos lançamentos imobiliários que englobando e oferecendo essa filosofia de espaço em seus projetos futuros. Só nos cabe aguardar as novidades do setor imobiliário aqui na região.