Santa Catarina pode não ser um dos maiores estados em extensão em territorial, mas com certeza faz excelente uso do que dispõe. Teve no último ano seu crescimento reconhecido nacionalmente através das métricas alcançadas, seja no setor industrial, tecnológico, construção civil ou agronegócio.
SC é o 2º estado que mais cresceu no último ano, batendo recorde em infraestrutura com mais de R$5,5 bilhões em investimentos (entre 2019 e 2022) e criação de empregos (mais de 287mil empregos criados).
Mesmo durante a pandemia, a economia catarinense se manteve acima da média nacional que se justifica pela diversificação de setores e o alto dinamismo que movimenta o estado. Entre as maiores potências do país, Santa Catarina teve o segundo maior crescimento econômico do Brasil e é fácil entender o porquê.

A Força do Agronegócio

Segundo Arno Pandolfo, Presidente da Fecoagro, as cooperativas e empresas estão preparadas de forma a contribuir com essa escalada de crescimento no estado, ativando diferentes setores da economia. A Fecoagro é uma das forças motrizes da economia catarinense, a Federação das Cooperativas Agropecuárias de SC reúne hoje cooperativas singulares representando e sendo um facilitador de processos para os pequenos e médios agricultores cooperados.

O setor agrícola tem destaque na área de exportação, sendo responsável por 70% das negociações do setor no estado. Esses indicativos são ainda mais expressivos em função do cenário pandêmico enfrentado nos dois últimos anos que gerou grande impacto nas indústrias. Dados apresentados pelo Boletim Focus do Banco Central, apontam que o Comércio Externo teve um aumento significativo de 2020 para 2021, num salto de US$ 43 bilhões, para US$ 70,37 bilhões exportados, no ano passado. ?Esse é o milagre das commodities, e, principalmente o milagre da agropecuária brasileira. Especialmente no caso de Santa Catarina.? Destacou Sardenberg, comentarista econômico que fez a leitura da economia de SC e do Brasil pós pandemia.

A Potência da Indústria Catarinense

A Indústria Catarinense representa um PIB industrial de R$ 71,2 bilhões, empregando 804.362 trabalhadores na indústria sendo assim o sexto maior PIB do Brasil com R$ 267,9 bilhões. Segundo o diretor financeiro do BRDE, Vladimir Arthur Fev, esse cenário é possível por causa das características do povo catarinense: trabalhados, persistente e resiliente. O crescimento da economia é fomentado por tais características da força de trabalho.

Os três principais setores industriais são por ordem de tamanho: Construção Civil (17,1%), Alimentos (15,5%) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (7,9%). A indústria catarinense exportou US$ 6.006 milhões em 2021, colocando o estado em sexta posição em exportação industrial do país.

A menina dos olhos do litoral catarinense, com certeza é a construção civil e provou seu valor e adaptabilidade, após um pequeno período de recessão em 2020, reerguendo-se rapidamente a tempo de encerrar o ano de 2020 com saldo positivo.
É um dos setores que há anos tem o maior potencial de gerar empregos.
De acordo com o economista Marcio da Paixão Rodrigues, a recuperação apresentada pelo setor chama atenção, já que nos primeiros meses de 2021 foram gerados no setor cerca de 9.500 empregos formais, que representam 10% do total das vagas abertas no mesmo ano.

O mercado imobiliário catarinense possui uma tríade irresistível para impulsionar as vendas e fomentar o setor: adaptabilidade de mercado, redução de juros e as facilidades de financiamentos imobiliários. É importante destacar que esse cenário positivo no estado é o retrato de uma SC que se recuperou economicamente com uma intensidade maior que os demais estados do país, o que gera mais confiança para as pessoas se tratando de investimentos imobiliários.
Segundo a FIESC, a indústria catarinense teve grande crescimento no ano passado, alcançando a marca de maior expansão do país na área. O Observatório FIESC apontou que a atividade industrial catarinense foi estimulada pelos setores da área de tecnologia.
Tecnologia Catarina em ação
Esse setor também não fica atrás nas pesquisas em comparação aos outros setores do estado. São mais de 12 mil empresas do setor, que está como 6º melhor colocado no país.

Na dianteira, a frente de estados como Minas Gerais e Rio de Janeiro, Santa Catarina alcançou o patamar de 4ª mais economia nacional do setor, com 7,4% do faturado pelo Brasil.
O setor possui um alto poder de remuneração, pois necessita de funções qualificadas e isso contribui para que o setor impacte diretamente a economia do estado, tendo como exemplo o piso salarial de um programador que é o triplo do salário mínimo vigente. Por essas e outras que a tecnologia é um dos setores que influencia na atração de investimentos no estado, como destaca o presidente da Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE). Iomani Engelmann. As empresas dessa área recebem volumosos aportes de fundos de investimentos internacionais e nacionais constantemente.

?Entendemos que a tecnologia pode proporcionar ainda mais competitividade a essas vocações econômicas nativas das regiões catarinenses, afinal as empresas de tecnologia podem auxiliar as organizações tradicionais a crescerem ainda mais. Todo esse processo de descentralização da inovação em SC é fundamental para impulsionar o desenvolvimento econômico e social do estado como um todo? ? explica Iomani Engelamann.
As agtechs estão em alta. É assim que são chamadas as empresas de tecnologia voltadas ao agronegócio. De acordo com informações fornecidas pelo portal Agronegócio ACATE, são mais de 25 empresas de tecnologia e inovação voltadas para o agronegócio, espalhadas em 11 áreas de atuação. Dados do Tech Report 2020 ? Radar Agtech mapeou o surgimento de mais startups voltadas para o setor agrícola. O setor segue em ascensão e traz números impressionantes, como R$ 219mi em faturamento R$ 243 mil em produtividade.

O Estado Catarinense em Ascensão

É inegável que na última década, Santa Catarina conquistou seu lugar em alguns rankings e pesquisas de patamar nacional. E a cada ano prova que seu crescimento é sólido e contínuo, fomentando ainda mais o mercado de investimentos e atraindo a atenção para diversos setores da economia do estado. Para que não conhece os últimos números e pesquisas em relação à economia de SC, dá pra ter uma boa ideia do porque o estado tem cada vez mais espaço nos noticiários e jornais Brasil a fora, e que esse espaço conquistado a tanto custo só tende a aumentar.